Em 2010 dediquei-me mais a leituras que procuram estabelecer uma intersecção entre a física, a filosofia e o romance.
O primeiro destaque é para a “Criação Imperfeita” de Marcelo Gleiser, publicado em 2010. Criação imperfeita propõe um novo “humanocentrismo” capaz de organizar a nossa posição no universo. Todo tipo de vida, em particular a vida inteligente, é um acidente raro e precioso. Gleiser nos guia pela ciência de ponta que instigou sua própria transformação de unificador a questionador. Uma fascinante busca científica que o levou a um novo entendimento do que é ser humano.
O segundo destaque é para um maravilhoso manual para a vida “A arte da felicidade”, publicado em 2000. Sua Santidade, o Dalai Lama e Howard C. Cutter. O próprio Dalai Lama nos diz nesse livro que acredita que o objetivo da nossa vida seja a busca pela felicidade. Acreditando em religião ou não, buscamos coisas boas para nós. Conhecendo a capacidade de luta de seus adversários e os tipos de armas que eles utilizam, terá mais condições de entrar na guerra. Este livro não só te prepara para questões do dia-a-dia, como também te ajuda a lidar com seus problemas.
O terceiro destaque é para “O vermelho e o Negro” escrito por Stendhal, publicado em 1831. Stendhal faz uma critica direta à sociedade francesa. A era é a pós-napoleônica. O autor escolheu para protagonista, um jovem ambicioso, inteligente, mas de classe social baixa. Julien Sorel é o herói do romance. O único caminho para um jovem talentoso e pobre era a igreja, a negra batina. Mesmo assim Julien continuou a ser um pobre no mundo dos ricos. A partir desses elementos o autor criou um dos mais significativos romances do século XIX.